O diálogo e a mediação não são apenas técnicas, são estratégias ativas de prevenção. Quando as pessoas aprendem a ouvir, entender e buscar soluções juntos, reduzimos conflitos que podem escalar para violência.
Princípios-chave: escuta ativa, neutralidade, confidencialidade, respeito mútuo e foco na solução. A mediação facilita, fortalecendo redes de convivência seguras.
Benefícios: menor escalada de conflitos.

Muitas vezes a vítima pode estar contando alguma situação que ela ainda não percebeu que é uma violência. Como fazer uma boa escuta e indicar que determinados comportamentos não são aceitáveis? 1) respire; 2) ouça ativamente; 3) pergunte; 4) proponha junto.
Talvez muitas mulheres já tenham se visto numa situação assim, ouvindo a história de uma amiga, parente ou de alguém próximo e pensando que ela não está percebendo o quão grave é o relato.
É importante ter muito cuidado. Já é um passo muito grande que a pessoa esteja te contando tudo isso: ela confia em você e é importante honrar essa confiança.
Quando falamos que temos que meter a colher em briga de marido e mulher, todo mundo pensa imediatamente na agressão física na rua e alguém chamando a polícia.
Mas ao ouvir uma história e ignorar o ocorrido, porque a pessoa ainda não nomeia ou porque a gente se sente inseguro em fazer alguma coisa, também é uma forma de negligenciar a intervenção. Podemos oferecer ajuda e a pessoa pode aceitar ou não. Mas oferecer companhia e apoio são sempre soluções solidárias que tendem a facilitar a vivência de uma experiência que é muito dura.

Quando a gente fala, a tensão diminui.
Quando alguém media, a distância se encurta.
Dialogar com respeito e buscar soluções juntos transforma desentendimentos em próximos passos.
Por isso, sair do discurso genérico e assumir o compromisso de identificar, nomear e combater comportamentos abusivos onde quer que eles estejam.
Apesar de ser extremamente grave, a agressão física não é o único tipo de violência que pode afetar as mulheres.

Ilustração: Gustavo Balducci
Números para lembrar no Agosto Lilás
A Lei Maria da Penha classifica a violência contra mulher em cinco tipos: física, sexual, patrimonial, psicológica e moral. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2025) mostram que no ano de 2024 foram registrados 1.492 feminicídios, o maior número desde que o crime passou a ser tipificado em 2015. Oito a cada dez mulheres foram mortas por companheiros ou ex-companheiros e 64,3% foram mortas em casa. Além disso, houve o registro de 51.866 denúncias de violência psicológica e 95.026 de stalking, que representaram um aumento de 6% e 18%, respectivamente, na comparação anual.
Uma cena de ciúme que passa por prova de amor. controle da vida financeira do outro, que pode ser interpretado como zelo. Uma grosseria que é relevada por ser “o jeito da pessoa”. Atenção: nem todo tipo de violência em um relacionamento é evidente ou deixa marcas visíveis.
Com intuito de alertar as mulheres sobre os diferentes tipos de violência e convidar a sociedade para oferecer uma escuta ativa e acolhimento das vítimas, encontre espaços de mediação na sua comunidade e compartilhe para espalhar essa ideia.Hashtags: #Mediação#Vamos Pacificar#
Excelente, post👏👏👏